e.m.

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

só pensamentos 1

31 d janeiro


 Escrever para que ninguém leia é um mau sinal... E quando ocorre, sei que pouco mais posso resistir à angústia que me consome.
 Sei perfeitamente de pelo menos “uma centena” de saídas para meus mais incômodos problemas, que, embora pequenos, são muitos... Mas com uma alma caprichosa e sensível como a minha, “sair” só se apresenta enquanto opção possível quando sei, e sinto um “sentido valoroso” para tal...
 Dormir... Fechar olhos e escorrer suavemente para os campos macios, verdes e brilhantes de Taar... Deslizar com o vento, deitando devagar as flores brancas... Seguir moldando ondas e ondas na grama fina e leve... Tudo o que eu mais gostaria era não ser nada, e ainda assim estar em tudo. Provar de tudo e nunca ser saciado, posto que nada retivesse em mim desse “tudo”...
 Sinto que o único motivo de não me alcançar o desespero, seja ele não poder me achar... Beber de minhas sombras fez-me como os sapos, imunes as mais terríveis serpentes...
  Já não sei o que faço... Minha vontade esmorece fraca e mal nutrida de paixão...
  Não sei o que se passa pelas profundas cavernas de minha consciência... Nem entendo o porquê de sua desilusão... Que pouco prático essa decepção pelo que se quer urgentemente...